H. J. Koellreutter
(!Contraponto Jflobal bo ~éculo X~3J
(~alestrína)
1
H . J . Koellreutter
C!Contr aponto ~obal
...
118 downloads
1048 Views
5MB Size
Report
This content was uploaded by our users and we assume good faith they have the permission to share this book. If you own the copyright to this book and it is wrongfully on our website, we offer a simple DMCA procedure to remove your content from our site. Start by pressing the button below!
Report copyright / DMCA form
H. J. Koellreutter
(!Contraponto Jflobal bo ~éculo X~3J
(~alestrína)
1
H . J . Koellreutter
C!Contr aponto ~obal
bo ~éculo
*l}3J
(~alefitrína)
(
'J IJ
Série Musicologia - 18 tlditor: Bohum il Mcd 4:1H .J. Kocllreutter Capa: Dora Galesso Compos içao do texto c de partituras: prof. I·htroldo Mauro Júnior, realizadas no compuwdor Macintosh Performae Revisão: prol" V era Helena M. Cury Impresso pela: Brasília Artes Gráficas
ISBN: 85-85886-03-X Dados lntcrn acion11is de Catalogação no Publicaçllo (CIP) (Câmara Brasileira do Livro. SP. Brasil)
HANS JOACHIM KOELLREUTTER H.J. Koellreuner. Hans Joachim, 1915Contnponto modal do sE.c::ulo XVI : Palestrina/ H.J. Koellreuuer . .. BrasUu, DF: Musimed Editora, 1996.
1. Contraponto 2. Po1estrina, Giovanni Pier1uigi da, 1525-1594 I. Tftulo
Nascido na Alemanha e naturalizado bras ileiro , estudou com grandes mestres eu ropeus, como Mareei Moyse e Herman Scherchen, c.omeçando a carreira como concertista de tlauta e regente. No Brasil , utun como professor e compositor desde t938, Introduzindo conceitos modernos e exercendo grand e intluêncla nas novas gerações de c:ompositores e intérpretes. Para difundir seus conceitos, criou em 1939 o grupo Música Viva, cujas idéias e produção eram veiculadas pela ••vista de mesmo nome. Fundou diversas escolas, exerceu crrtica musical
co o.781.286
96-4735 fndiceJ para catálogo sistemítico: I. Contrapon to modo! : Mas ica 78 1.286
Direitos para esta Edição con tratadas com : Musimcd Ed ições M usicais. I mportação c Exportação L ida CGC: 37.146.17210001-88 Inscrição Estadual: 07 3 137541001-46 Sede; Musi Med Edições M~sicais. SCRS 505 Bloco A - Loja 65 Cep: 70350-510- Brasília-DF Telefone: (061) 3244-9799 - www.livrariamusimcd.com.br c muil: contato@ltvruriuruu\imcd .c:om.br
• publicou diversos lívros, tanto no Brasil quanto no Japão e na lndia, 1••laes nos quais atuou e é também muho estimado e reconhecido. Sua o\fl~ro ·Café", com texto de Mário de Andrade estreou em t996. lnOmeros musicólogos se dedicam ao estudo de sua obra musical, em todo o llrnsll . Igualmente considerado em seu próprio pais, representou-o, •Hnvós do Instituto Goothe, em diversas ocasiOes. Recebeu medalhas, trulltus, cidadanias honorárias, tftulos honorários em universidades e lnurnoros prõm los, sondo o mais recente o Prêmio Nacional de Música 11111~. ano om completou os oitenta anos.
-j 1
Abrir um caminho nessa direção é o objetivo deste trabalho. A história da música ocidental parte da composição melódico-linear, criando a polifon ia do contraponto, isto é, a arte de unir várias linhas melódicas em um todo só , processo do qual surgiu a harmonia, ou seja, um sistema de ordem que tem por objetivo a formação e o encadeamento de acordes e caracteriza a produção musical desde o século XVI I à primeira metade do século XX, aproximadamente. Não há, por isso, nada mais lógico do que seguir a evolução natural do desenvolvimento da linguagem musical, estudando em primeiro lugar, a composição da linha melódica e os principio& de estruturação contrapont lstica e, soment e depois, ou, então, simultaneamente, a concatenação harmônica, e nlo vice·versa, como ainda ocorre na maioria das nossas escolas de mllslca, Os prlnclpios de composição contrapontfstlca do século XVI, aos quais é dedicado este trabalho, são emp íricos, derivados de feitos históricos e, principalmente, da arte de cantar. Assim dlstlnguo, neste trabalho, regras (diretrizes) estillsticas, didáticas e estéticas. Ente ndo por regras estillsticas aquelas que caracterizam o estilo de uma determi nada época ou o estilo particularizado de um compositor, regras as quais, ao estudar o estilo de Palestrina e de seus contemporâneos, devem ser respeitadas com o máximo rigor.
INTRODUÇÃO
Contraponto 6 a arte de coordenar linhas melódicas de expressAo 1utõnoma, tornado-as Interd ependentes (do latim •punctus cont ra punctum• • nota contra nota). A ccmposiçAo contrapontfstica tem sua origem na primeira forma
otg•n•lla'', que entoa meliamaa.
J
t
Organum Mall•m6tlco
Por regras didáticas entendo aquelas que facilitam a apree nsão das regras estilfstlcas. E por regras estéticas aquelas que visam a conscientização da principio& artistico-musicais subjetivos. Gostaria de expressar minha profunda gratidão a meus ex-alunos e amigos Claudia Aicc~elll e Antonio Carlos Cunha, que me deram sua sjuda na primeira edição e Vara H. Cury na segunda edição, pelos valiosos conselhos e competentes discussões em torno da didática e metodolog ia do contraponto, assim como pela le itura criteriosa das provas. Sou especialmente grato à doutora Li liane Assai (falecida), a Sfgrido Levantai, responsável pela primeira ed ição e Bohumil Med, que tornou possfvel esta segunda edição, pela paciência e pelo apoio e por me ajudarem a publicar o meu trabalho que dedico a meus alunos e disclpulos.
< o
.
.. .
.. .. .
-.
.
..
i
.
-
A Ml ..a de Notre Dama de Guillaume de Machaut (t302- 1377 lfuuxinonc.tomonto} ó considerada a primeira grande composição cfclica •• • lnnal compoata contropontlsticamante. Trata-se de uma missa completa 1 ~ vuru. obra prlm• do oatllo gótico, parcialmente composta na base íla ""'• o6rlo da utmoa (iaorritmia) que lembr8 a técnica dodecafõnica ite • tu••r•b•ug
G. Machaut : Mlua de Notre Dama
ITE, MISSA EST ~
TRIPLUM
~~~§§~§~§~~il~~§~!j~~ ªfª~~
Josquin dos Prés ( 1440·1521) é um dos primeiros compositores que. prep arand o o perlodo humani st a a racionali sta da música, desenvo lve valores da caráter acentu adamente subjetivos em sua obra polifOnica (múalca rt81rvata). Articulação clara e facilmente apreenslvel, lógica e coerência formal, perlodos contrastantes, principio de repetição do lrechoa pequenoa , aequênclas, ostlnato e o estabelecimento defi nitivo do estilo lmitallvo alo caracterlsticas da obra de Josquin das Prés.
MOTETUS
Josquln dea Pr6s
TENOR
Missa da Pacem
AGNUS DEI
COI
•..
.
.I .
••
. .,....
n.
,. ·I <M•- - - -f-'-- - -
q.. : ' ..
-.,.
'~ .. ~~
.
.. I.
" "
'}I~
111
.
••'
1~1&.
--
I
'~• ..
j::·
1=1:
r
I
'
_..
,. I '
u
,.
·-
· I·-
·-
·I
.... .. .
..
I" ••
.. -
'-I
':"7.1
'
N ,
·I '
IN
.
-
.. "'···:.::====
'
~4
•
•
-...
•
•w •- ··*- ,
-·•·......
.
o.
... ...... ., _.,..- . .
..-·
Oa compoaitorea desse perfodo àureo da polifonia vocal são, além •I• Joaquin des Prês:
Gulllaume Oufay (t 400· t474)
.
•• li "''"
.
Gllles Blnchois ( 1400·1460) Johannes Ockeghem (1420·1495) Jacob Obrecht (1450·1517) Helnrlch lsaak (1459· 1517) Adrian Wlllaert (1480·1562) Orlando de Lasso ( 1532·1594) Tomás Luis de Victorla {1540· t61 1) Thomas Morley {1557·1603)
e Glovannl Plerlulgl da Palestrina (1525·1594).
.. · I
.. .
-... . . ..-
.., ...
~
I'
O principio que orienta o contraponto do século XVIII , cujo l•tu••llnlonte máximo é J. S. Bach, é o da harmonia tonal (contraponto '""' tunul). A Interdependência das linhas melódicas é estabe lecida na ''••• • lógica das progressOes harmônicas, dentro do âmbito do principio 1lo tnnalldade. Como caracterlsticas desse estilo destacam-se: um h•t•ununto mais livre da dissonância, a preparação sistemática da sétima. ""'"' do passagem e bordadura cromática, notas estranhas à função •I~ "o rdo (notaa abjectae) e aa resoluçOes ornamentais da dissonância.
.11
J . S. BACH: FUGA I A 4 VOZBS
BWV846
•I
I q;
I
l il
~ ')l
1\
Os princ fpios do contraponto do século XIX alo, basicamente, os de Albrechtsberger, professor de Beethoven, que parte dos prlnofplos da harmonia diatônlca. Talvez se possa dizer que tal contraponto represente mais um sistema de harmonia movimentada do que um de contraponto, propriamente dito. O som cheio e rico da dissonlnclaa desae tipo de contraponto resu"a, geralmente, do uso freq uenta da acordes do sétima sem preparaçlo, de apojaturas e outras notas estranhas ao acorde, de pedais e, na segunda metade do século, do uso, cada voz mais aml6de, do acordes de nona e décima terceira e de acordes aumentados e diminutos sem praparaçlo (harmonia cromática).
.
~
.,.
Sacr.."
--
-
(~ü
Primtil"' da• "QuatJo Peçu
G. VER DI: AVE MARIA
i,
~
•
-
tr-rte final)
p • 'I Na
d •
s. . •
w. . .. . .
t
''"""'''"lu
... .
..
o. .
1,.
•
•
'
___ ,.._
••
"••li•
• ~·P'I'N .........
...
A
....
,. !to
. ..
-· . ..,
..
.
A
-·
A
-
O contraponto dodecafõnico da primeira metade do século XX 6, h •·~h unonlo, linear, lembrando, neeae sentido, o contraponto '""'"' tintloto. O contraponto dodecafOnlco segue, em primeiro lugar , a "'"~"' lntorvatar da série, não deixando, no entanto, de considerar o dos Int ervalos harmOnlcoa, resultante da sobreposição das linho melódicas. Readquirem importlncia os meios tradicionais de • tmhll•tçfto contrapontfstica, tais como clnone, inverslo, ratrogradaçlo, ~'""""tnçlto e dlmlnulçlo. Deixa de existir, na prática, o dualismo huml consonftncla·dlssonãncia, que cedo lugar a um critério mais ""''"'' n do qualidade dos Intervalos (emancipação da dissonância).
'
S• · c..
lit
·-
"
A. SC HOENBERO: VARIAÇOES PARA ORQUESTRA, OP. 31
IR
1I dnuonvolvlmento do contraponto atonal e dodecafõnico parece ••v ""' •• o surg im ento de uma estruturação geslâltica, que prescinde ú• ulolllttnlos como melod ia e harmonia, preparand o o c hamado llltultunhamo musical (Webern) .
.~
A. WBBBRN: QUARTETO DE CORDAS, OP. 28 pooo """ • Sei.. nw.....
o
•
•
•
•
•
lii J. "' 1.,
.. ,.,......
• •••••••••• •
..
. • . . • kmpo
nRIO- .""'
•
...
&'r, •
,.. ....... .
~
-
rit. • • • • • • &lllfiD
•
-==111'. 'I
111
lll,~f ,.,,. =--
p
-==-
f
11«0
''~"u
ri&.
"
• f.' .... ·~ llll!r
!
e
,
' • • •
leflljiO
• • • • k;wpo
MODOS AUT~NTICOS
MODOS PLAGAIS
1 · NOTAS PRELIMINA RES
• 11
o
11
B
Os modos litúrgicos ou eclesiásticos são formas de gamas utilizadas na música medieval e renascentista. Os modos dividem-se em autêntiCOS e plagais. Os modos plagais, no entanto, nllo alio distintos dos autênticos. A diferença entre uma linha melódica autêntica e uma outra plagal consiste unicamente no fato da plagal encontrar-se numa tesshura mais grave do que a autêntica.
\
I
''·. :: :;1 1
~
li
<>
"
"
e
li
..
li
<>
li
"
o
o
u
o
a
p
"
•
P
e
n
e
H
B
11
c
o
11
o
=n •
C
Kipoe61io
&
c
. o
r,.=-2
"
lllp0d6 rio
1
11
C
•• li
"
l_ ,,.u•• •• i~~~~~~~~~~~n~~~~u~·~~·~~~~~~~~~~~ ~ " o • a"a ··l . , u a"a • a "ll
Exemplo Mnemônico • séc. XVI
'''
e
c
1.1 • Modos litúrgicos ou ec lesiásticos
D6rlo
F
8
"
e
"
8
a
"
11
"
e
11
c
p
..
4
Hlpoj&!.lo
e
li
11
c
•p
u
•
c
1.2 • Alterações - Música Ficta 1 nlonuv ao por música ficta (flctfcia) aquela fase da música modal Introduzid as alteraçOes nos modos (séc. XIII e XIV). no• olloiHQOOI tinham por objetivo evitar o trltono (diabulus in musica), , loll "' • 1/rtofls e lmpodlr a terça menor no encontro final das vozes 1 hh "" mal• vozes ). A rnúalca ficta representa historicamente a 1 onol •·• olu Idioma moda! para o tonal. llll '' "" lu"'" '
A nota mais importante de cada modo recebe o nome de Fínalis (F) , sendo esta nota com a qual o contraponto, em via de reg ra, deve terminar. A segunda nota mais importante do modo recebe o nome de Confínalis (C) . Esta é, normalmente, a quinta do modo. O prefixo "hlpo" (grego) significa "abaixo·. Refere -se à linha melódica, indicando que esta se estende abaixo da Finalis do modo. Nos modos autênticos e plagals, a finalís é a mesma. A confinalis dos modos plagais encontra-se geralmente na terça abaixo da conlinalis dos aulónlicos (exceção: modos frlgio o mixolfdio)
M doo 1Mrlu í11 IA
o el podo aer alterado para si bemol q uando é bordadura
tló I''"'" ••• nllo1Ado pArti dó eullenldo quando é bordadura de ré u ttu•mfu 1•rn tunçAo ct• eenalvel, lato '· ltva ao r6
Modo frlglo - a principio nlo há alteraçOes. Mu ito raramente o ré surge a~erado para ré sustenido.
Qunlquor modo eóllo transposto tem na armadura os acidentes da ttocula monor homônima.
Modo lldlo - o ai pode ser alterado para si bemol, principalmente se a linha melódica é descendente.
••< 1110
Modo mlxolldlo - o fá pode ser alterado para fá sustenido quando tem funçll.o de aenalvel, lato 6, leva ao sol.
li
Cluttl<,uor modo )Onlo transposto tem na armadura os acidentes da molor homônima.
1.4 - COnsonanclas e Dlssonênclas Gfto consideradas conaonAnclas perfeitas os Intervalos de unlssono, nltavR e quinta justas. lo consideradas conaonAnclas Imperfeitas os intervalos da terça e ••~t~t, maiores •
Modo eóllo - o sol pode ser alterado para sol sustenido quando tem funçlo de aenalvel. Se eaaa alteração ocorre numa linha melódica ascendente, é necessário alterar também o fá para (á sustenido, evitando assim o Intervalo de segunda aumentada entre fá e sol sustenido.
menoraa.
ao , onalderadas dlasonAnclaa os Intervalos de segunda e sétima, m•uu•• o menores, aeelm como todos os Intervalos aumentados e t,tlmlnulol
Intervalo de quarta justa, no contraponto a duas vozes, é "' 1tla11tdO dlasonlncla. No contraponto a três ou mais vozes a lu~lo é considerada consonância quando a nota inferior da '"" 111 ' nao estiver na voz mais grave.
I""'"
,, ti l;, I
j
tj
Em todos os modos, também no jOnio, o si pode ser alterado para ai bemol sempre que haja necessidade de evitar o trltono. dlu.
, • '· 11
1.3 - Transposlç6es Qualquer modo dório transposto tem na armadura os acidentas da escala maior que se encontra uma segunda maior abaixo da finalis do modo.
~ D6rlo o
o
o "
li
O
li
o
I 11 kj,
06rio em F' li
e
8 li
e
li
e
li
li
Qualquer modo frlglo transposto tem na armadura os acidentes da escala maior que se encontra uma terça maior abaixo da finalis do modo. Qualquer modo lldlo transposto tem na armadura os acidentes da escala maior que se encontra uma quana justa abaixo da finalis do modo. Qualquer modo mixolldlo transposto tem na armadura os acidentes da escala maior que se encontra uma quinta justa abaixo da finalis do modo.
'I
.....
li
~
11
linvondo dois saltos consecutivos ou um salto e um grau conjunto na mesma direção, é aconselhável, à medida do posslvel, localizar o maior intervalo abaixo do menor.
I~
2 • CANTUS FIRMUS
A)
..
D
..
1: )
O cantus firmus consiste numa linha melódica que serve de base para a composição contrapo ntfstica. Para tomar conhecimento dos princfpios melódicos do estilo de Palestrina, é importante que se adquira habilidade para compor o próprio cantus flrmus, desenvolvendo dessa forma a capacidade criativa do estudioso. 2 . t - Empregam -se exclusivamente sem ib reves, em número de dez, aproximadamente (linha isométrica).
11:
ti l .:
2.2
Empregam-se exclusivamente os modos litúrgicos.
!
2.3
O cantus lirmus deve ser Iniciado e terminado na finalls do modo.
2.4
A últi ma nota deve ser alcançada por grau · conjunto, ascendente o u descendente.
2.5
O âmbito melódico não deve exceder uma oitava.
2.6
A linha melódica deve consistir de pequenos intervalos, facilmente cantáveis.
i,:,
I I I ., I " ~ I •I
Para tanto, deve ser usado o maior número possfvel de graus conjuntos. 2.7
sexta maior sexta menor descendente (somente a sexta menor ascendente é usada) todos os intervalos aumentados e d imin utos Não são permitidos mais de dois saltos consecutivos na mesma direção.
I~
e
o
CI,Ut~HO
e
11
e
.. .. 4
i nc~rrtliO
11
e
e
11
e
e
e
e
G)
F) 11
e
e
e
11
H) li
..
e
li
e
li
At r.IH•tollllv•t A) 8 ) C) e. D) d o maia acoruclhjveis que 8) F) 0 ) e H)
f
I 11
N~u nao corretos: movimento cromático, repetição seguida de 11u 1n 1 ,
,
soquênclas tonais (marchas), repetição de motivos.
I~ •• "
"
11
Ie
e
e
"
li
e
e
e
li
e
..
11
li
e
e
li
e
o
e
11
Ao vozos para as quais o contraponto é composto, têm as • •uulntos extensões, aproximadamente: &
I~
,,·../
o
ui
o
i
i
e
?I 11
con11'11llo
l llp ( U ! O
Não devem ser usados os seguintes intervalos: sétima maior e menor
2.8
l~ ..
11
11
O)
C)
B) 11
,; 2
/ =
&
~l tenor
2
2
2
li
b11i1.o
olull uo f irmus deve t er, de p referência, um só ponto
• u i!HIIIIIrliO (nota mais aguda).
II ~Y
11 ~
o
..
••
~
••
e
o
..
n
J/
.. ..
li
e
o
li
(i ) o
.i4dl
3 - CONTRAPONTO A DUAS VOZES DIRETRIZES
1 11
Devem ser evitados , à medida do possível, s alt os simultâneos nns duas vozes na mesma direção. Se inevitável, nenhuma das vozes deve salt ar mais do que uma quan a. t permitido, nesse caso, que numa das vozes haja um salto de oitava sendo considerado repetlç~o de not a. '
I I 10
Os pontos cu lminantes (notas mars agudas) das duas vozes não devam coincidir.
~ ..
"
..
n
11
')
3.1- PRIMEIRA ESPÉCIE O conuaponto de promeora esp6cie (nota contra nota) consiste numa hnha melódK:.a de sem{breves que se contrapõe ao cantus lirmus, podendo es1ar actma ou abaixo do mesmo.
3. 1. t - O desenho melódico , em principio, obed ece às mesm as dlreulzes de composição do cantus lirmus.
I,,•I
I"
!I,I' ,. • 1
ln
3. t .2 - O primeiro e o último intervalos devem ser de uníssono ou de oitava. O úl11mo intervalo deve ser alcançado por grau conjunto ascendente e descendente (movimento contrário). Se o cantus firmus estiver na voz inferior, o primeiro e o último intervalos poderão ser de quinta justa. 3 . 1.3 ·
: : : : .. : : : I .,.
"
I ~ ·.. •
I
~• ..
As duas vozes devem form ar, exclusivam ente consonâ nc ias
per1elt as ou impe rfeitas. 3. 1. 4 - Dev e ser em pregado o maio r número d e co nso nânc ias imperfei tas. Porém , não se deve empregar mais do que quatro vezes consecutivas o mesma consonância imperfe ita.
3 .1 .5 - Co nso nânc ias perfe i t as não dev em ser a lcançadas po r movimento direto. Oitavas consecutivas e quintas consecutivas
(pa1alelas ou não) são consideradas incorretas.
~=
:;-==e :_:..:
~
11
fiiCOnf-10
3. 1.6 • O unfssono só deve ser usado no início e/ ou no fim do contraponto.
3. 1.7 - A distAncia entre as vozes, preferivelmente, não deve exceder uma décima. 3. t .8 - Evontualmento, podo haver cruzamento das voua
,,
[IJ
I
.. 3.2 • SEGUNDA ESPÉCIE
'
O contraponto do seg und a espécie (d uas not as cont ra uma) consiste. numa linha melódica de mfnimas quo se co nt rapõe ao cantus firmus, podendo estar acima ou abaixo do mesmo. A primeira das duas m fnimas é considerada tempo principal (tesis) e a segunda, tempo secundário (arsi s). (') Obs.:
t
11
' • 11
I von t ul amente pod e ocorrer uníssono, somente em t empo nocundârio.
A nota que antecede a semibreve final, de preferência, d eve am alcançada por g rau conjunto.
A ropotlção de notas de tempo secundário para t empo princ ipal tIuvo ser evitada.
os conceitos de t empo forte e tempo fraco ainda não exi stiam na Renascença.
correto
~~
3.2. 1 • O desenho melódico obedece às diretrizes de composição do contraponto de primeira espéci e. 3.2.2 • O contraponto pode ser Inici ado em tempo principal ou em tempo secundário. Se inici ado em tempo principal, obedece às mesmas diretrizes da primeira espécie ·quant o ao primeiro intervalo. Se iniciado em tempo secundário, o primeiro intervalo pode ser qualquer consonância, perfeit a ou imperfeita . .3.2.3
Em tempo princ ipal só devem ocorrer consonânc ias.
3.2.4
Quintas sucessivas 8 oitavas sucessivas, assim como quintas e oit avas em tempos principais consecut ivos são incorret as.
i
it~co rre~o
zl
t
J
li
:
A
,t
j li
Ao duas mfnimas que ant ecedem a not a final podem ser ~ubelituld as
por uma semibreve.
eorrelo
j
J
11
J
J
l J
J
j
li
lneoueao
J J
J
J li I I A, I
3.2.5 • Em t e.mpo se.c undário podem ocorrer disso nânc ias. Po rém, somente como not as de passagem , is to é, a lcançadas e deixadas por grau conjunto na mesma direção.
I* I'
eorrelo
J
*
J
eincorreto
j e-
*
J
:
J li
i
* A
i
j
l
j
li lU
*
t.
j
Jo
j
(ti•OOO) • o levan tar do pé ou da mão indicando o t empo que r~rl moira de cada duas mfnimas (t esis}. Os romanos, no tiMnlu, 11111progoram o ter mo ars i s para a ace nt uação t ônica,
• l•t• "
l••t•I•I•"A"
toU 1111
ooto.
quo foi seguida não somente por teóricos da Idade
'""" tnmbóm por musicólogos atuais.
11
11
li
~I 3.3 • TERCEIRA ESPÉCIE
'n
O contraponto de terceira espéci e (quatro nota s contra uma) consisle numa linha metódica de sem inimas que so contrapõe ao cantus lirmus. podendo estar acim a ou abai xo do mesmo. As semlnimas slo consideradas partes principaiS e secundárias das mlnimas. Assim, o tempo principal e o tempo secundário dividem-se, cada um. em uma parte pri ncipal e outra secundAri a.
3.3.t
O tratamGnto das d isaonêncl as sofre uma exceção com a < homada cambiata. Esta consiste om uma dissonânci a em parte •
1•••••gem.
O desenho melódrco obedece às seguintes diret rizes:
é incorreto mais de um salto consecutivo na mesma direção;
li
h
saltos ascendentes sAo posslvels somente partindo da parte secundári a à parte principal; 11 lncortdo
t o neto
~
F JF I
~
~
li F F F r ~ li
saltos descendentes podem partrr de qual quer parte; qualq uer salto maior que uma terça deve ser compensado em direção oposta; havendo um salto e um grau conjunto na mesma direção, o salto d eve ser localizado abai xo do grau conjunto; 3.3. 2 · O contraponto pode ser Iniciado na parte principal ou na parte secundária do tempo principal. Se ini ci ado na parte principal, obedece às diretrizes dao espécies preced entes qu anto ao primeiro intervalo. Se inici ado na parte secundéria, o primeiro intervalo pode ser qualq uer consonância, perfeita ou imperf eita. 3.3.3
Em parte principal devem ocorror exclusivamente consonânci as.
3.3.4
Em parte secundári a podem ocorrer dissonãncias como notas de passagem ou bordaduras inferiores. X
X
JJ J J J J J J 11
'
11
I f
J' J'
NAu 6 correta a repetiçAo seguid a de not as. I v•ntualmente, pode haver unlssono nas partes secundárias e "" parto principal do t empo secundário.
J J JjJ ~J~J~J;~ r rgr~ r ~r~r~rJ~ J JªJ~ r
..
I
A
I
&
I
A
•• I
I
I
l© l JJJJ J J JJ ••
...
lj
O ·
o
11
j
3.4 · QUARTA ESPÉCII
3.5 • QUINTA f 8 11PCII
O contraponto do quarto ospécle consisto numa llnhu 1110iódica do mlnlmas, na qual se liga a mlnlma do tempo secundtlrlo à do tempo principal seguinte (retardo), podendo estar acima ou abaixo do cantos fi rmus.
'"""l""'t" dt quinta ..p6~1• (IIQrldu) coneiato numa linho -~~· •••'"" "' vftloru do durn~fto npooeontodoe nas ospécles ,. 1 tile •••• r 1 , """'' lhmue nuto oepóolo deve ter doze semibreves, tll I lhnonlt
3.4.1 • O contraponto deve ser iniciado e terminado como nas espécies
• 1
llu ,,.,..(vele aa aegulntee combinações rltmicas:
anterioru.Convém iniciá-lo em tempo secundário.
•I
3.4.2 • A mlnima do tempo secundário ligada ao tempo principal seguinte deve ser consonante. 3.4.3 • A mlnima do tempo principal ligada ao tempo secundário precedente pode ser consonante ou dissonante. Quando é disaonante, e dissonância deve ser resolvida por grau conjunto descendente numa consonância imperfeita. Quando ó consonante, a lin ha melódica pode seguir por grau conjunto ou disjunto.
c I'
,,I ' '
"'
c
o
c
o
,
c
c
I
o
..
e mlnlma está ligada ao tempo seguinte a primeira semlnima está ligada ao tempo anterior
J JJJ JJJ..........J J..__...J JJ JJ J J J J JJ J I
u
~
11
I
11
I
I
I
11
ou sem ligadura, conforme a segu nda e a quarta espécies.
.,
.J ; JJ · duas
11
colcheias podem ser usadas, ocasionalmente, como notas de passagem ou bordadura Inferior. Devem ser colocadas sempre em parte secundária. Slo frequentes na cad~ncia final:
H11•1t1
+J
II &
I
JJ.J J .J .J · ueada com
111
1
•
•
11
c
3.4.4 • Ocas ionalmente, a ligadura do tempo secundário ao principal pode ser suspensa, valendo então as diretrizes da segunda espécie.
I
tó deve ser usada quando:
é precedida por uma semlnima
I
•
,
.J ;; .JJ .J
v
'O'
•
34
&
u
&
D IJ
,;,J ~
J
r
.a ,l
11
J JJ
~-~
inçorrcl.o
a
11
Jr
J J li
or r
r
li
1t '
Nlo devem aer usadas samibreves no decorrer do contraponto.
lU
Acontelha·•• uaar um bom número de notas ligadas para evitar a almetrla de desenhos melódicos. No decorrer da linha melódica alo permitidas somente ligaduras de mlnimas com mlnlmaa • da mfnfmaa com aemlnimas:
JS
COfft-tO
o
- ..........-
J IJ
J IJ
3.6 CONmAPONTO A DUAS VOZES SEM CANTUS FIRMUS
J...__...I J
IHI I
3.5.4 • Os valores de duraçlo devem ser dístríbuldos de maneira Irregular, evitando-se a repetlçlo de motivos, assim como perlodlzaçlo e simetria, elementos esses que prejudicam o fluxo do deaenho melódico.
.. t.J J J ; rJ. r r·n Jr rJ r rJ. r r· ; ; u; ;r J F
• t
~ permitida a bordadura superior em semfnimas, quando é aegulda por mfnlma. ligada ou nlo:
3.5.5
Em principio , é aconselhável combinar valores de duraçlo longa om uma daa vozes com valores de duração curta na outra voz (ritmo complementar).
'ltmfnlmaa e colcheias, na relaçlio de nota contra nota, em parte aecund6rla, podem formar dissonâncias, caso cada uma ct•a mesmas seja tratada corretamente, ou seja, de acordo com •• normu anteriorm ente expostas para o tratamento de ctluonAnclas:
3.5.6 • Quando é empregado o ritmo J JJ numa linha melódica daacendenta, a primeira aemfníma poda ser uma dissonância em forma da nota da paaaagem: X
J J 3.5.7
o
a li
A camblata poda ..r feita com as seguintes variaçOes rftmícas :
J J
J
,t J ,t 11
J
J JA â 11
t J .J t I
tJ j
j!
:
.J
llovo ser evitada a falsa relaçlo, Isto é, a aHeração cromática dQ uma determinada nota, de uma voz à outra.
11
•
Nno há uma distAncia estabelecida como regra entre uma nota u aun oltoraçAo cromática em outra voz . No estilo de Palestrlna, nhaervn-oe uma distância maior do que no de seus , uniOmporAneos de Portugal e Espanha. Para ser percebida a l•laa rolaçfto, contudo, depende multo do andamento em que a nhrn 6 executada.
I 4
I xco pclonolmente, podem ser usadas quatro colche ias aur eulvaa, em graus conjuntos.
1
Nn coso de mfnlmaa ligadas, cujo tempo principal é dissonante (rot nrdo), a voz nlio slncopada pode deixar de esperar a •••utuçlo da dlaaonêncla, prosseguindo por grau conjunto ou nan 11 dl11onêncla deve ser resolvida por grau conjunto ''""' endento, numa conaonAncia imperfeita:
J li
3.5.8 - ~ permitido preparar • antecipar a resol ução da dissonância auapenaa (quarta espécie) pelas seguintes fórmulas:
16
•
"
3.6.6 • No caso de quatro semfnimas descendentes, a terceira pode ser dissonante quando tratada como nota de passagem com caráter de apojatura:
J
11
li
4-IMITAÇÃO 3.6. 7 • A nota final, na voz inferior pode ser alcançada por grau disjunto ascendente ou descendente, partindo do quinto ou do ouarto grau do modo (no modo frfgio exclusivamente do quarto grau).
4.1 • IJ.ITAÇÃO A DUAS VOZES O <:ontraponto imitativo consiste em reproduzir nas diversas vozes
tr• hno melódicos e/ou rltmlcos, com maior ou menor fidelidade,
I
I .
I
I
pu
I"'""'"
por uma das vozes. O principio da imnação é dos mais
'"''""'•"'~3 do estilo polifõnico da Renascença: estilo im"ativo.
11 Inicio das composições consiste, neste estilo, na apresentação tte un111 proposta em uma das vozes e na reprodução da mesma em
IIMI•• •• ou1ras vozes (resposta).
•
PALESTRINA · inicio do moteto Dits Sanctificatus I
'
I
I,
I
I
.."'
a
'11
~
"
r
e
li
-
r r E' rI
j
::
I v
I
=!lõll
~
~
IK
-
li
.
li
e
e
-j
I
I" urI
l'ALESTRINA · Lamtntationes 11 11
I 11
~·
r r
.. ~ r
j
e
§"j- o
f'
19'
..
-
j
.,-
r fd n
1 1 •11
lmllaçao livre: intervalos maiores da proposta tornam-se menores na resposta e vice-vers a. conservando as caracterlstlcas da proposta.
,
' '
PALBSTRINA - "Missa Nigra sum", Hosanna '
~~~~~~~~
I
4.1.1 - A proposta, cabeça da linha melódica, deve ser concisa e aperiódica. 4.1.2 - A resposta (imitaçlo) pode ser iniciada em qualquer grau do modo, preferivelmente na quinta superior, na quarta inferior ou na oitava.
~]i ..~~~~~ '0' ~ & 1• t
lmitaçao por inverslo: os intervalos ascendentes da proposta !ornam-se descendentes na resposta e vice-versa.
4,1 .3 . A entrada da resposta pode ser consonante (consonância perfeita ou Imperfeita) ou dissonante, quando a nota da proposta estiver ligada à nota precedente e resolvida por grau conjunto descendente. 1 X
•
I
I
I
- I . b.., I
&
&
I tt
p.
I
I'ALESTRINA - "Magnlf/cat primi ronl", libu ttrrius
&
~ 1• 4
lmltoçao por aumentaçâo: os valores de duraçao da proposta aftQ oumentados, oportu namente, na resposta.
4.1. 4 - Distinguem-se as lmltaçOes: rigorosa, livre, por inversão , aumentaçAo e diminuição: 4. 1.4.1
PALESTRINA- Moteto Oaude Virgo Gloriosa
Imitação rigorosa: todos os intervalos da proposta são imitados rigorosamente na resposta.
-
.
PALESTRINA- "Missa Spem i11 ali um", Agnus I
4 11
ionllnç~o
por diminuição: os valores de duração da proposta ''"
I'AI.BSTRINA - "Missa Brevis", Kyrit I
••
1$ I
~I
I
ICI
..
-
..
li
r r rrr rrr I
li
I
JJ J J li
-
4.2 • CÃNONE A DUAS VOZES No cãnone, a imitação não é limitada ao motivo inicial, mas l•"'•oogue através de toda a extensão da composição, exceto no linal. t ot• dove ser composto de tal maneira que as duas vozes conci)Jam •i11111itnneamente.
I
A com posição do cânone obedece ao seguinte esquema de
4. 1.5
• A composição do contraponto imitativo pode obedecer ao seguinte esquema de procedimento:
a) compor a proposta a ser apresentada. em qualquer uma das
I'I•H • llhnonto: 2} IMITAÇÃO
vozes;
b) imitar a proposta (•resposta); 11 ~11•11'(JSTA
c) compor o contraponto da resposta;
3} CONTRAPONTO DA IMITAÇÃO
d) compor um trecho livre levando a uma cadência final (apêndice) ;
6} IMITAÇÃO DO
4} IMITAÇÃO DO CONTRAPONTO
CONTRAPONTO
5) CONTRAPONTO 7} CONTRAPONTO OA IMITAÇÃO OA IMITAÇÃO
e) compor o contraponto do trecho lívre e da cadência linal.
b) RESPOSTA
E
etc.
CAO~NCI A
9} CONTRAPONTO DA IMITAÇÃO
d) TRECHO LIVRE
(IMITAÇÃO)
APÊNDICE
8) IMITAÇÃO 00 CONTRAPONTO
a) PROPOSTA c) CONTRAPONTO e) CONTRAPONTO DO TRECHO DA RESPOSTA L IVRE E DA CADtNCIA FINAL
FINAL
E CONCLUSÃO
I !41
.-;
mq=
I
••
a
I
·~R-~1 J I (I O)
i <s> I
J; .. i ( 12)
Jr rr r I
I ( 11)
J JJ J J I'
1(8)
I !61
.. li
I
FFF
1<1>)
JJ~
I AP!N"DICI! f! CADP.NMA. PIXAt.. l
A principio, a linha melódica Õbadace às mesmas diretrizes que ••u•m os espécies quanto à condução rltmica e melódica. No entanto, , ""•''" enfatizar alguns aspectos, retomando itens já trabalhados nas ••t••• 1~1. para garantir a organicidade da linha melódica.
11
t
Sao usados os seguintes valores de duração:
S· MOTETO 11011
O moteto 4 a forma musical mais importante da polifonia do sác. XVI, forma esta que teve seu apogeu na criação artlstica de Palestrina, Vlctoria e Lano. Conalate na composição polifônica sobre um teXIo religioso em Hngua latina. Os composhores do perlodo que antecede o de Palestrina serviram·•• tamb4m de textos profanos a até misturaram religiosos e profanos em idiomas diferentes.
k;ftlul
Podem ser ligados os seguintes valores de duração:
--
--
o
J J
o
Antes de iniciar a prática de composição do Motato, é aconselhável que se pratique a composição de linhas melódicas com caracterfsticas do estilo de Palestrlna, exercitando desta maneira o controle do aspecto linear e fluanta caracterlstioo do mestra.
u o"jJJ .... B ao sum nis vi
I4
f
111
rompo principal só deve haver duas semfnimas quando:
do procodldos ou seguidas por outras semlnimas :
J J J.__..I J 11 1"1"'"""
li YUJ
IJ J J J
aau OijQUidas por uma mfnima ligada ao tempo seguinte:
1
pa ·
J.__..J
O movimento rltmico obedece ao principio da alternância de tompos principais e secundários. Cada ·tempo se divide em uma 1•urto principal e uma secundária.
J JIJJJIIJ
5.1· U NHA MELÓDICA
li
J J
A colcheia 6 usada em parte secundária em grupos de duas, tohent• de quatro, que se movimentam, preferivelmente, por graus
Caracterlatlca da forma da moteto do séc. XVI é o fato de que o Inicio de cada ve11o 4 associado a uma proposta a ser Imitada por todas as vozes (estilo lmhatlvo). No entanto, não é só constituldo de seções da caráter polil6n ico, mas também de trechos homofônicos (nota contra nota), visando tornar o texto mais inteligfvel. A auoassAo da várias seções com propostas: diferentes resulta facilmente numa espécie de "catálogo•, c arecendo da nec essária coerência pera uma unidade form al. Por isso, é ind ispensável que o compositor inter-relacione as propostas, recorrendo aos princfpios de varlaçAo a transformaçllo. Só assim a forma constituirá um todo orgânico, um dos critérios mais importantes da composição musical.
o
daa duoa mfnlmas é ligada ao tempo anterior:
J IJ J J
-
I\
5.2 • SISTEMA MÉTRICO
5.1.5 • A maior parte dos valores de du ração deve ser de mfnimas ou
de valores maiores, dlstribu fdos de maneira variada, evitando · se a repetição de motivos, a periodização e a simetria . Em trechos asce ndentes, convém e mpregar no in fclo valores menores, tornando-os maiores em direção ao ponto c ulminante. O oposto vale para trechos descendentes.
5. 1.6 · Uma grande parte dos tempos principais não deve ser articulada, isto é, deve ser ligada aos tempos precedentes para manter o fl uxo conlfnuo da linha melódica. 5.1 .7 · Os intervalos utilizados são os mesmos vistos nas espécies, devendo-se dar preferência sempre ao movimento melódico por graus co njuntos. 5.1.8 · Em trechos compostos de mfnimas ou de valores maiores, não se deve dar mais do que dois saltos na mesma direção.
Nu música polifónica do séc. XVI emprega-se um sistema duplo •• '' •wtuoção métrica.
A ncentuaç ão métrica • precursora dos futuros tempos forte e
1t1"1'" truco • de cad a voz individual é livre, isto é, os acentos não """' um perfodos simétricos e estritamente regulares e dependem • •utu nçâo das palavras.
A • omposlç!io como um todo, no entando, orienta-se por um t ""''' '"~trico fixo. no qual tasis e arsis se sucedam numa ordem l olo11nlnoda, ou seja, tempo principal e tempo secundário.
5 .3 • COLOCAÇÃO DE TEXTO os acentos métricos na polifonia vocal do séc. XVI não pe rlodos estritamente reg ulares, e s im dependem da hoo~An dos palavras, aconáelha-se levar em consideração alguns li•• 't"" caracterizam a colocação do texto no estilo de Palestrlna. 1 unlll
,.,.,
5.1.9 · Em trechos compostos de simfnimas, não se deve dar mais do que um salto na mesma direção , sendo que os saltos ascendentes só devem partir de parte secundária para principal.
o 111
Voln~o&
5.1. 10
Com referência a todos os valores de duração, prelerivelmente:
de duração mais longa que a semfni.ma podem receber lh1hM soparadas (estilo silábico) .
saltos ascendentes não deve m s er prec edidos por gr au
J
conjunto ascendente;
pro
saltos descendentes não devem ser precedidos por grau
conjunto descendente; sahos maioras do que uma te rça devem ser compen sados por movimento em direção contrária.
J J mundi ·
o vi
di
J ta
I "' urupos de valores diferentes pode haver uma só sflaba l••lilo mollsmático).
No caso de semfnimas esses ite ns devem ser rigorosamente observados.
5.1.11 · A linha me lódica termina na finalis do modo, em tempo p rinc ip al, alca nçad a por grau c onjunto, ascendent e ou descendentemente. É frequente a antecipação da finalis na cadência linal:
F
...
F
Ih
li
li
" '' hQiua nno podem ser portadoras de sflaba.
A •••u lnltno
pode ser portadora de sllaba quando precedida e volores de duração mais longa ou seguida de um du v~lloc semlnímas.
••U"''"' 1111 V'"l"'
~=f ~ · ~F~ F~I~ i 1 • vet bi tu 1
11
5.3 .5 • Cada nota repetida deve receber uma srtaba nova.
~(11rrr ' &er
ru
•
e 1~
Cada verso do texto deve concluir com uma cadência melódica claramente articu lada.
...
li- mi . tem
deooc A nota repetida com car"er ornamental como o portamento, não recebe allaba nova. O portamento consiste na antecipação de notas, slncopadas ou nl o, geralmente na cadência final.
·1 tis
·
"""
de
• ta
.
5.4 • EXEMPLO DE MOTETO A DUAS VOZES
• I
lei
. I son
•
SICUT ROSA Ky • rie
~3.6
•
lei •
•
À medida do possfvel, oa acentos tônicos das palavras devem coincidir com os tempos principais.
11JJJI" JJi e
Orlond<J di l.auo (IJJO · 1594)
5011
..r••
c·••~ J
r rr rI· J J . ""
11<
5.3.7 • Sllabas tOnlcas tendem a receber melismas longos.
rr
·I"' ..
,.
.. I .,,
I
ci-fi- xus
IK
'
I
t
•
I·
I' f f ·I ... ot
.....
. I
J. J
~
nr-o--.
·I
4
I'""
u•
!J
r
I.
• li•
J rJJ J .....
5.3.8 • As imitaçOea (respostas) reproduzem literalmente a colocaçoo do texto na proposta.
•us
I
Fr
r r J.ltr r r • • r r r J t . ' JI ·.·. ' I I. 'I" I ;" I. .I JJ J - ~~~ J J~J~.J~~JJ~J~J .. ~~ .~-~g:~J~J C\t1
I
J
. ..jJJJ
.---..
f I
JJ; J J .. I
I""
".
~
.. I
r f rr ~ r 1.. 'P< ·I . . . I
...
....
JJ J J J J "
..
t••
,. ·I ..
"
·"' ..,
., ...
·-
•
J J J
i::
,'r ~- ilJJ'.I~ i .. i J .'i J J
fjl
•
·I •
I
.... .. .
~
.
""
• I
s.o M11
\1)
ri
•
6 -CONTRAPONTO A TR~S E MAIS VOZES
6.1 • DIRETRIZES COMUNS A TODAS AS ESP~CIES
...
P. •
.
ae . ,..
cn
Continuam válidas, a principio, aa diretrizes do contraponto a duas vozes. 'lfto consideradas consonâncias os Intervalos de quarta justa,
.. "' ·I ""'
•" ·1 ..,; · "" ·1 · •" I •
"'
.
• Ylt
•
· I """
qu~rta aumentada e quinta diminuta entre a voz superior e a
-
llllormodlárla (a três vozes) e entre as vozes acima da infe rior (u quatro e m~ls vozes). Continuam consideradas dissonanclas enlro qualquer uma das vozes superiores e a inferior.
•
"•lo diaponlvies as seguintes combinações intervaiares:
a três vozes
qol
o
10 5
6
8
12 10 10 12 13 8
19 10
3
3
3
5
5
5
6
1
1
3
8
8
8
6
1
6
1
11 quatro vozes
D
. 1·: lan
dál
o • •
·
.....
~ ~I
~
H
tO 12 12 12 8
•
8
,,
.
10 13 12 10 8
1o 12 12 12
8
tO 5
6
10 6
8
8
8
8
8
10 12
3
3
3
3
5
5
5
8
8
8
3
3
8
1 Ytl19G
ó correto o movimento direto para quintas e
uU•V'nl H11tr o um o dos vozos extremas e a Intermediária . A
eu•lro .. mule VOLOS - é correto o movimento direto para qu intas enh• uum rlna vozas oxtremns o umn dns intermediárias, assim U• • vorus lnuumodlórhts
I' Ulv•l "
movlmonlo dlrolo poro quinlas enlre as vozes • •••"'"' 14u uulo 11 vo1 • upodor •• move por grau conjunlo
8.1.6
Deve aer ev~ado o movimento direto PM~ oltovoa entre as vozes extremas, com exceção da panogern dn ponllltlma à llltima aemlbreve do oantus llrrnus (ond~noln) .
o
•
A tréa vozes • é admissivel o unfaaono do duna vozes. De três vozes, no entanto, só 6 permitido no lnfolo o no final.
8.1.7 8.1.8
.. I
O contraponto pode ser Iniciado e concluldo por combinações lntervalares Incluindo a terça e a quint o do modo (trfada completa). Nesta caso, a terça deve ser rnolor. Implicando na alteraçlo ascendente do terceiro g rau doa modos dório, frfgio e eóllo . A terça pod a ser menor quando o conlroponto Inicia em tempo secundário, depola da uma pauu.
o
L
•
6.1.9 • Não devem ser dobradas as notas dó sustenido no modo dório, fé no frfgio, fé sustenido no mixolldlo, sol sustenido no eólio, assim como ai no jõnlo. 6.1.1 o
A dlatAncla entre aa vozea superiores, à medida do poss fvel, nlio deve ultrapassar uma oitava.
6.1.11
As vozes extremas nlo devam saltar mala do que uma quarta quando todaa as vozes se movem na maama direção.
6. 1.12
o
I
A flnalls, na voz inferior poda ser alcançada por grau disjunto ascendente ou descendente, partindo do quarto ou do quinto grau. Nas vozes superiores pode·sa proceder da mesma forma. ~ prefarfvel, no entanto, que se alcance a nota final por grau conjunto.
;
I
BSP~CIBS OB CONTRAPONTO A TRaS VOZES
.. A
v
•
..
I , ..
I
u
I
.. •
.
.. =
" I "
'>'r
..
"
r rr rr rr \1
n
U
}JJ JJJ;
_A
.,
I
'
I
.. ..
"
I "
~--
..
~~ "
I
I
I
Jj ll
•
"
..
1 <7
I;
I ""
I
~
I . ..,
I
.,
~
I I
I
.~ ~ I
..
.~
I 'O'
~
"
"
'
I
_....,
o
,~
..
n
~
I
..
I"
1..,.
I
..
-
I
j )
6.1.13 4 · Som cantus firmus. 6.1. 13 • Aconselha-se a praticar as seguintes mesclas do espécie a
três vozes : 6.1.13.1
Cantus firmus em semibreves (em qualquer uma das vozes); um contraponto em ml nimas (segunda espécie) e outro em semlnlmas (terceira espécie).
IMPORTANTE: os contrapontos compostos de mlnlmas (segunda espécie) devem formar, com o cantus 1/rmus, exclusivamente consonâncias.
" 1.... 1
6.1 . 13.2 • Cantus firmus em semibreves (em qualquer uo:na das vozes); um contrapondo de semlnimas (terceira espécie) e outro em mlnlmas ligadas (quarta esp6cie).
"
I' '
ESPÉCIES DE CONTRAPONTO A QUATRO VOZES
-
..
"
,..
I
ff~ l ~~~~~~ , ..
~~~~~~~~~.1. ~~~~~~~~~~~~ 6.1.13.3 • Cantus lirmus em semibreves (em qualquer uma das vozes); dois contrapontos aplicando todos os valores de duração
~.
.,
v
I -'>""'
A
I
I
I
I
I
I
1
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
E
.,
(quinta espécie).
1
L
•
\I
11·
)
..
I
.,
I
v
..
I
m· .,
I
li
!
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
'
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
..
I
I
v
I
I
I
. .. I ..
I
I
--- --I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
-
.. .. "
I
.
.I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I'
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
..
..
I
.. .,
..,
.
(
I
I
I
I
I
I
I
I
;l i "'
"
I
I
"' 1 ';1 .. 1
II ~
u
i
f'
---<
li
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
, e:
I
'
•:•
I
I
I I
'
I
I
I
I
I
I
, ....
I
í
..
I
I
I
I
I
IA
I
-
I
·O -
"
I
I
I
•
r-,
·- ..
I"
I" 0:
"
" ''I
,.
w
~
A
••
I
.. ..
I
..
:;::;,
6.2 • AMPLIAÇÃO DAS NORMAS 00 CONTRAPONTO 6.2. 1 • Terças e sex ta paralelas podem se r aplicadas om maior quantidade quando se trata de semfnimas sucessivas.
PALESTRINA: Moteto "Viri Ga/ilei"
-~
I
6.2.2 • No moteto a mais de quatro vozes, permite-se maior liberdade no uso de oitavas e qu intas consecutivas. quando em movimento
.,
.,
contrário.
I
I
I
I
I
I
'
. .
..
I
I
I
I
I
I
I
'---!' I
'
I
I
I
IA
I
I ~
I
I
I
-~
I
I~
I
I
"
I
..,
•
.. I
~e-
I
e-
,r
I
I
6.2.3 • São posslveis as chamadas "dissonâncias parasitas•. Estas ocorrem em relação a uma mfnima ligada. São alcançadas através de um salto descendente e deixadas por sa lto ascendente para a nota anterior.
I
I
I
I
I
p: ~ ~~
I
I
I
I
"
~
I
I
•
'O"
I
~
e-
111
6
I
I I
6.2.4 • É permitida, excepcionalmente, a combinação intervalar
I
I I
• 60
t
em
tempo secundário quando a quarta, em relação a uma voz com nota longa, é alcançada por grau conjunto, ligada ao tempo principal seguinte, onde é dissonante com uma outra voz e resolvida regularmente.
61
0.3 l XLMfJLO OI MO ll I O A 111r fi VOlt H
~. ~
••
ti Jl l'ill'llrino
PARS MtiA DOMINUS
·'1L..r- r.
(IJlS I JIUI
•
I •
"""I ..
-
•
.... A
A
-
0
.,
...
•
1..
I""
.
1-
Do
r
1
-
I
. • ..
I '-'11
I • .
I"" ~
" .I.,.."' I .
bo
c
.. .. .. ...
. I
'I
'I
.
. I
<7
.
o. .I
··~
"'
c
•
..,.
...
•
.
.
I
"
Do
-
'·
•
., ~
..
Do
...
..-
..
r ...
r=
..,.
••
..
-
r.
•
I
.....
............
. ....
. n .I
I
... d
<:.
.
• •
• • • • •
• • • • •
• .
• •
·
• .
•
am.
6.4- ANÁLISE COMPARADA
.f
• ml-
Do
dos motetos S/cut cervus e Alle/ula tulerunt
•
""
de
1'1111
PALESTRINA
...
I OI MOTBTO: SICUT CBRVUS Polt.JirifUJ
Dl··
· zk
a·ml · n m c ·
"' I .
•k
r
. I .
I. "
l'rop l
•
~v·*
-
- ·I "" • · 11·. • I· ,., "' "" · I ;;
.. ..
I • . "' 'I ... .,.
"
'" I • . "' 'I
•
""f v
•
•
a&
.
.
.. .
62
...
SI< •
63
•
~ ~ ~· J ...J J I "' "'' .....
..•.
JJ
...
1\ 11\
•
. . . . . ..
.
-
... -
nmt.
..
.... -
r
-
....... . ti
..
.......
1-
.. ...
- "" "'· I -
...
11\l · Clt· tal
.. 1...
.
1..
-
-
- -
'"'
..
VUIHie
...
I "" • . q,. .l ..m
T
-.
Jm .
• •I
I ai
• de-1111
..I .. -
dc~ rat
.:~
..s
I
-r-
...
ro:m
I ron
IC$ •
•
I
...
.. .
..'
1 .
.,
I
..
"
'd *
--T
- I-
I .
•
(<•
•
.
,., -
-"
,.,
..
L
.. .
.
..
1 ..
I "" ,
-I
.
..
1 ..
;i. <' I de
-
óe. n•
' -I
cu -
.. s~
' '1.. -
. . ... ....
..
..
*" ·1-- -
.
-
Sic •
t'llftl
.
...
.
~I
.... 1-
•
A
... I~
..
I .,
•
"'
'I .
Sk
~p~n
..
J
· I rum:
.. ..
"'
"
l ( j\111
. .-!-l
~
)
r .I
,J [''
I
•• .
.. l
de- 1'11.1- --
-
101,
.. "'..,...."' .,
~
.. . . . .
.. J
~
" --.
-
.I
I' .
.,_ .; I
-:-t' . ... .., I '
dc - si - &: 1 ~
-
. . .. . . 1,...
.. ~:
I
. "" - I
~
. . . . . ,.. . .
(OI\
•
1101
dCI • si • ~ • ""-- - --
I
.
."
I
J J JTI J
J
'L
..
J J .. J J ..
-
1~, . :~ ~~~ . . ~.. ,J ... J J 11 •
do ·'··~
. lg
I
.
.. J ""--- -'
I.
• b
1do
d
•
.. ..
....
"'
•
I
ad 'fi. De
.
....
'
1- .
.
.
I •
I
ni· ma
me
•
•
ni·lftl.
d~
-
•I
•
•
do
at,
•
11-
1\!1)1
-
.I •
..
. •
.. ... .... ,... •
,.....,.,....-
., ""-
I
3i
"·
.,
I
I
... -·I ......
.
Do
A
. I
..
d t - m - - -Te, De
•
I
.....
"'
I
• TJ .....
. I.
• .
.,
•
. r ..
'
.. .. .. .. . I -,..,"'
a
1-
oi - ma &
. . . . . •-r-
Ml
Ta.---.
I
..
• 66
. I.
.I
Do
r Ta. O.
.... .
., ....... •
..,
I•
I
.
., .
,
.. .,
•'
IH
...... .. ,... o,.
T••--- - -
..
....
..
·f
~ ~
,_ i I
I
.. til • n-.
·f
"''--
. I"
• • oi
..
l=.E J
-ÇJ=.J-=r- 9
... 67
111 •
1
"' .
. I
.I . . . . . . . . .
. , t. .
AI- k. 111
MOTETO: ALLELUIA TULERUNT
·r .....
Palulrina
1 ....... 1
. I
.... .
.....
..
I"' .
..
•I .
. I" .
. • I"
()IU:iru•
lenor
. 1.
....... . ......... ..
AI •
•
• to • lu
"' · I lo AI·
· I"
.I
. I
.,
,.
.I
·I· . I
.....
. .. ·I " . . . "" AI ·
•· t
.... .68
. " .I
.. - . .
. I .
.a. . ...
69
. I
.I ••
(
I[
,r., "'
rIr
ml
11111111
mJ
1 nwn
r r r J JJ
r
" 111.
mo
I•
•
..
.I
-
.
oI
. " .
..
ml ol
""
• I
'I
o
.I
.. "
..
...... .
o
o
I "'
. w
...... ... ' I ...
. ...
o
IDa .
.
~
I'UIII
... . .
~
•• I.
o
l)o •
...
. .. .
• • - f\IQII
t&
u.
•
--.:1
•
o
I•
•· bi po
-
~" Ooi' 1
•
m~
• o
1 0o
"1 ......... ..
o
•
eni· ~.. me
. . ..,... '}
. . o-
mi · IIU·
l)o
• I
•
•• •
n...
..
:_...:.~....
' I ...... .
.I
. I o
-
I
I
-·
.....
10
11
t
o
..
~ !'),, - - - - - - - AI
.
,.
.
ai
.
r·
"' ....... • . I·
· 1·-,..·
41. •
..
I.
• . I.
... "',. ... ... . . . . · · · · · · · · T · ·
-
•
li
-
..
•
..
.
..
I .
,.;
· I'• · . ·"'· I
. r·
AI .
.
k
•
I" .
AI·
" r· ... u
•I
tfll·li· .ci
I• .
ci •
•t
t
.. ..
•.
""
I
..
.
. I "·
. r·
tD
.
...
. r· c - li
. I
AI ·
• .. 1
. " . I"' .
...
r• ~
72
m
..
- .. .
.
I,.; .
I
I"
.. . ... . IJ.Jiri
"" ·r
d •
ci·•
-
r · · · · · · · · ·r"'
· · · ·
AI •
• ... 1
• I
.
. 73
·I
I •. •
•
. I
.... · I·"'"
. 1-
1.. .
1-
"' . I
. I
. I
AI
... . .
..
,
IM
....
•
• · ao
-~ -
"I
I
um
1101
· I ""' "' .
·I
· I ..
...
....
..
.. .
1'.
h'
•
I
.
. I
I ta
AI
. ., . " . I " ., .
'" . I
. I. . . .I
•
• •
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
• •
•
74
•
•
•
•
• .. •
•
... .
it.
. I . . . .. . lo
"I
"·I " "I
..
....
I"' . .. .
"I .
t
..
.
. I"'
... . .
I•
..
..
.
. .. 7S
•
Al ·Ae ·
6.5- EXEMPLO A OITO VOZES Extrafdo do "Stabat Mater" · Pafestrina
ll.lm,
vi
· llssuh
-
•
til
Clt
$U.b .
di .
.....
·di
vi
•
dWll
dlt
4
.
çem
I
~· mo •
1111> •
ri
ri
-1 "I
110
" . I
. I
.,,
1(
tu.nt.
• vi
ri
.,, . '·
~n
.
. .'
NOI.
-
~ .I ri
. '. "!
~ i
~ ~
spi -
"""·
'I
'I
.
ri •
.....
nI
.
I
I
I
I
I
I
....
e:n
.. 76
. ..
lliml.- -- - - -
... .
....
ri
~.
~u1
•
d""
""'
......
api
.
dil
tpl
..
.
...
tpi
_,
. I
B
. :..
8
;,
8
77
•
iA,
I I
.... • btr. Mo. •
*•
Ma -
'«.
I I
r~
"""'
1-
....
o ld lonoo oonoro uaodo poo l'olostdno ó o onodal do cóculo XVI (músico llcto.).
SINTESE E APUCAÇÃO NA PRÁTICA DAS NORMAS CONTRAPONTÍSTICAS
A obra de Palestrina pode ser considerada como apogeu daquele grandioso estilo da história da música ocidental denominado polifonia vocal da segunda metade do século XVI. Trata-se do ponto culminante da música renascentista, despertar de um novo pensamento musical, pensamento este que, até nossos dias, influencia e marca a música de nossa cultura.
Palestrina, no entanto, não era inovador. Sua missão histórica, aparentemente , teria sido a de nivelar e aprimorar a linguagem musical em uso no ocidente h6 mil anos aproximadamente, idioma musical, aliás levado a um alto grau de expresslvidade por Josquin des Prés, mais de setenta anos atrás. Os seis volumes de motetos de Palestrina, publicados entre 1563 e 1584, con tém nada menos de que 177 motetos. Mas 72 desses motetos foram publicados como obras póstumas. A maior parte deles é composta para cinco vozes. Observa-se neles uma predileção pela diversidade do estilo Imitativo e uma sensibilidade extraordinária pelos timbres que resultam do agrupamento das vozes. A manutenção do equlllbrio, em todos os parâmetros, parece ser o critério central de toda a sua obra. Equlffbrio sonoro de movimento, timbre, forma, ritmo e confunto vocal. A dlstrlbulçllo consciente e racional do graus conjuntos o disjuntos, assim como o controle das dissonâncias resultam numa textura de grande pureza e consistência sonora. Assim, não se encontra na obra de Palestrina o acento patético que caracteriza, por exemplo, a obra de Orlando de Lasso. Palestrina enfatlza o "desabrochar" gradativo e sutil dos motivos e nlo o seu "desenvolvimento" racional. Cada frase musical encontra-se bem adaptada ao texto. Cada vez mais surgem harmonias completas, ou safa, trlades que apresentam fundamental. terça e quinta. Desaparecem gradativamente as harmonias •vazias· sem terça,
que caracterizavam a polifonia prê-palestriniana.
78
No moteto "Sicut corvos", um dos mais belos do mestre, Palestrlna serve-se da gama de seta sons do modo jónio transposto para a no1a Fá, usando uma só vez, no compasso 27, um Si natural como senslvel acidental (subsemitõnio), por assim dizer, não pertencente ao modo. No moteto "AIIelula tulerunt•, o mestra serve-se da gama de sete sons do modo mlxolfdio, prescindindo, no entanto, de sons não pertencentes ao modo. O Fá-sustenido como sensfval de Sol deve ser considerado ·senslvel acidental" (subsemltõnio) e o Si-bemol q ue ocorre nos oompauoe 33, 67 e 80 como som próprio do modo. Pois, em todos os modos da música polllõnica da Renascença, o Si-bemol, tem sido, frequentemente usado para evitar relações de quinta diminuta ou quarta aumentada (trftono • dlabulua In música ). Essas alterações nlo anotadas pelo compositor, tradicionalmente sAo subentendidas na estruturaçAo moda!, ocorrendo só em colcheias, semfnimas e mlnlmaa. Palestrlna, no entanto, usa as mesmas também em semlbreves, enriquecendo aasim consideravelmente sua paleta sonora. Os valores de duraçAo, utilizados pelo mestre nos mototos "Sicut cervos• e "AIIelula tu lerunt•, compreendem: longa
~
mlnima
breve
l=l
semfnima
eemlbreve
o
colcheia
r
r
p
As seguintes caracterlstlcas marcam o estilo de Palestrina, distinguindo-o dos outros composhores da Renascença e, principalmenle, de Josquin des Prós, Orlando de Lasso a Ludovico Victoria: a) •
o uso da bordadura superior, a qual, no entanto, ainda bem menos frequenta do que a inferior • ocorre sempre em grupo de tr6s ou mais samlnlmas ("AIIalula tulerunt", compasso 86);
b) •
a camblata, a qual Palestrina usa também em forma temporalmente ampliada (cambiata delongada). Por exemplo, da seguinte maneira:
I ~i J. J I tJJ Jll 'O'
19
c)
J
li
O l aoo n ~ ncia v
o~u un clo
o qua rta ml nl fnn ocorrom geralmente em trochos om quo não há semlnimas, ou seja, e m que a mfnima é o v alor de me nor duração.
I)
o movimonto molódloo tlSco ndonlo, uaodo 11uq,uuli
ri U
I
1\
f
I
r &
1
f
.o.·
n
"
Saltos ascendentes não oco rrem a partir de sem lnimas
localizadas em partes principais:
2J J
I'
J
1
O movimenlo melód ico descendente ocorre frequentemente por grau conjunto e sano de terça, seguido do grau conjunto ou disjunto ascendente:
d) •
um mlnimo possfvel de contraponto a d uas vozes. Os motetos e as missas de Palestrina reduzem a um lapso de tempo mlni mo a im itação inicial a duas vozes. Poucos são os trechos compostos a d uas vozes no percurso de suas composições. Exemplo: "Sicut cervos", compassos 3 e 4, exclusivamente, e "AIIeluia tulerunt•, compassos 3, 4, 5 e 22, exclusivamente.
h) •
preferência por terças e sextas, intervalos acentuadamente harmôn icos, de eficaz amalgamento sonoro (devido à natureza de seus sons d iferenciais).
i) •
O fato de que mellsmas de ext ensão maior ocorrem, geralmente, no final da frase; frequentemente, no meio; muito raramente, no inicio. A esse principio estrut ural corresponde uma espécie de arco melódico que parece obedecer ao seguinte tipo de expressão mus ical: ca lma-movimento· r etenção-calma. Exemplo: "AII elu ia tule run t" (cantus ), compasos 81·93.
semlnimas isoladas, alcançadas e/ou deixadas por grau disjunlo (raramente):
''r e) •
g) •
Jl F 11
uso frequente de semínimas isoladas repetindo um som precedente de duração mais longa, visando a fluência da linha melódica e evitando desenhos melódicos de caráter ogiva!:
~
a
J J
..,.
J
w: r r r 80
~
zl
f li
-:: li
Os melismas desenvolvem-se com a tendência de tornar mais movimentada a linha melódica, ultrapassando, no entanto, raramente o número de dez sem inimas.
81
ComporMdO o som (tlmbro) do oonju1110 vuc.ul d111 obros du maioria doa compositores renascentistas com o doa obrn• do Polostrlno, observa-se facilmente que estas Olllmas se doatocom por um colorido bem mala claro e bem mais luminoso do que aa primeiros. ~ que a d lapoalçlo dos registros vocais das obras paleatrlnlanas demonstra uma relaçlo grave-agudo, claro-escuro, luz e sombra, bem diferente. Enquanto que, nos motetos a cinco e seis vozes de Joaquln des Prés, por exemplo, a relação entre as vozes femininas (agudas) e masculinas (graves), na média, ora de 1 :4 ou 1 :5 respectivamente (com predomlnlncla das vozes graves, portanto) , a rolaçlo, nos motet os do Paleatrlna, é de 3:2 ou até 4:2, dando preferência às vozes agudas. Ademais, enfatizando as vogala clara~, aulm como e ou I e, principalmente, a vogal a, Palestrlna parece dar preferência a vogais abertu e luminosas em detrimento das esouras o e u. Assim, na frase Inicial do moteto "Sicut cervus• (a 4 vozes), ou seja, "Sicut cervus dealderat ad fontes aquarum', verlflcamoa que o compositor distribui os valor.. de duraçlo entre as sflabaa da seguinte maneira: ale (4 tempos) • tempo • mlnlma ·, ut (2 tempos), cer (2 tempos) , vue (1 tempo), de (1 tempo), el (1 ,5 tempo), de (0,5 tempo), rat (1 tempo), ad (1 tempo), f on (2 tempos), tea (1 tempo), a (1 tempo), qua (6 tempos), rum (2 tempos), e (7 tempos), q ua (t tempo), rum (2 tempos).
.
O moteto inteiro apresenta a letra a da palavra •aquarum" em forma de mell~mas que consomem 74 mlnlmaa ao todo.
No moteto "AIIeluia tulerunt" (a 5 vozes), o compositor enfatiza a vogal a, no primeiro Alleluia (compassos 1-21) por melo de melismas. Ao todo, nesse primeiro Alleluia, a vogal a consome 2.25 tempos ! a sllaba lu, ao contrário, consome apenas 63 mlnlmas de duração. As vozes femininas (cantus e altus) gastam 115 mlnlmas na vogal a, enquanto que as vozes masculinas mais gravas (bassus e qulntus tenor) apenas 66. A terceira voz (tenor), com 44 mlnlmas de duraçlo ao todo, parece manter o equillbrio !Imbrico entre os dois extremos. O último Allelula do moteto (compassos 79·93) obedece ao mesmo critério quanto à estruturaçlo do parâmetro timbre. Aa seis partes intermediárias do moteto mantêm o equillbrio das vozes com referência ao timbre. O intervalo entre as vozes extremas, soprano e baixo, do moteto "Sicut cervus", 4, em média, de uma d6clma; a do moteto "AIIeluia tulerunt", de uma d écima segunda, aproximadamente. A maior distância lntervalar entre soprano e baixo, em ambos os motetos, é de uma décima e6tlma. Acontece, porém, que o Amblto melódico do soprano
82
0111 'llloul corvu s" ó oponoa u do un1u oltav• o o do baixo do uma d•clma primeira , fato osto quo comprimo o Intensifica as forças melódicas do moteto. O âmbito melódico do soprano em "AIIelula tulerunt", assim como o do baixo, são de uma nona, sendo que a nota mais aguda do soprano (Sol) aparece uma só vez (compasso 59) e a nota mais aguda do baixo (Ré) duas vazes (compassos 80 e 82). Estes sons concorrem consideravelmente para a valorizaçlo expreaaiva do trecho respectivo por es'tarem revestidas de um colorido nunca antes ouvido no decorrer da obra. ~ Interessante que soprano e baixo do
moteto "sicut cervus' apresentam suas notas mais agudas nos compassos 9 e 11 (soprano) e 1 O (baixo), não voltando a estas em trechos posteriores (com exceção do compasso 20, em que o soprano passa ligeiramente pela nota Dó). NAo há, no soprano do mototo "Sicut cervus", pontas melódicas, lato é, a linha melódica do soprano nlo é de desenho ogival, mas sim de tipo curvo, o que dá ao moteto um caráter sereno e medhativo . "Sicut cervus· não é dinâmico e dlroclonal, visando um centro de gravidade, mas s im, estável e equilibrado, dentro de um âmbito relativamente reduzido. O soprano do moteto "AIIeluia tulerunt" apresenta os doia tipos de composiçlo melódica, o oglval o o curvo, o que imprime 11 obra um caráter mais tenso e mais dinâmico. Chama a atenção o grau de densidade rolotivamonte alto dos sons que se fazem ouvir simultaneamente orn ambos os mototos, qualidade que favorece o amalgamonto das vozoa. E ó juatamonto a esse amalgamento que Palestrina dá proforOnolo om todos ne auos obras, em detrimento da perfllaç6o dao vozoo, t(lo ooroot orlotlon d!l maioria das obras pomônicas da Renascença . Ambos os motetos seg uem rigorosamonto os prlnolploa do oalilo Imitativo do século XVI. O moteto "Sicut cervus• apresento, nos quolro pdmelrua compassos, uma proposta que gera, a rigor, tanto aa varl•ntea d••• o mos ma proposta, quanto o material dos contrapontos. A prrmeiro Incito~~.. da proposta ocorre no contralto depois de uma pausa de orlo ternt•••• do mlnima. A segunda imitação ocorre no soprano depois do mllla um~ pausa de seis, e a quarta no baixo, depois de uma pouoo. d-. oltu tempos. Dessa maneira, a distância entre as entrados das lmlloçll•• 6 de 8:6:8 mln imas, distanciamento asslmcltrlco que favorece o lluxo melódico devido ao principio de que Igualdade separa o deslguoldndo
83
uno, Atfomulti tulont•' • quu n 1111inwtdu dne untrutlu• ullvn u rHocoseo de expocto1iva. tOo oaounclol nn porcopçOo o optOcluçno uuu oconônclas musicais. Saguo uma sogundo oxposlçAo da mosma proposta corn suas respectivas lmltaçOes.
No compasso 23, o compositor introduz uma variante da proposta que prepara um trocho do movimento levemente abrandado (retenção). As entradas das lmltaçOes da nova proposta obedecem à ordem dos distanciamentos 2: t 0:6 tempos. O moteto conclui com um trecho que apresenta uma transformação da proposta (compasso 40), seis vezes respondida, obedecendo à ordem 4:7:8:6:9:9 tempos das entradas da imitação. Em "AIIeluia tulerunt•, uma espécie de entrata ou introdução sobre a palavra "alleluia" apresenta como proposta uma linha melódica, da qual Palesuina deriva todos os motivos estruturais da composíção. Esta Introdução é oito vezes Imitada na seguinte ordem de entradas: soprano (cantus). contralto (altus), primeiro tenor (tenor), baixo (basso), segundo tenor (qulntus tenor), primeiro tenor, soprano, contralto, primeiro tenor. O distanciamento das entradas obedece à ordem 8:t2:8:t2:9 :7:9:8.
ptOf.)UIIU 6 hnltud l.l twla VtJJua, u O t.UIIoluldu oom lllll cu110 Allolulo (ortlculaçao).
Seguem-se uma terceira e quarta partes, separadas por um breve "AIIeluia (articulação), sobre as palavras "si tu sustilisti eum· e "et ego eum tollam". O estilo silábico das propostas • as quais, aliás, remetem à segunda parte • e o distanciamento relativamente pequeno entre as entradas das respostas contrastam notavelmente oom o estilo melismáHco e generoso dos Allelulas inicial e final. Um grandioso Alleluia conclui o moteto. Esta parte final da composição utiliza a proposta inicial, recapitulação indispensável para causar ao ouvinte a sensaçlo da unidade. Os compassos 8·10 voltam nos compassos 88-90, coincidindo, esta vez, as notas mais agudas do soprano com as mais graves do baixo, levando as vozes eX1remas a uma distAncia de décima nona, fato este que só ocorre mais duas vezes, passageiramente. O Allelula final é enfatizado por meio de um contraponto que une a lorma da proposta inicial (baixo) à uma imitação par augmantatlonem e per motum contrarium.
Entre as entradas de soprano e contralto
há
8 tempos de distância,
contralto e t• tenor
há
12 tempos de distância
1° tenor e baixo
há
8 tempos de distância
baixo e 2' tono r
há
12 tempos de dist ância
2' tanor e 1• tenor
hó
9 tempos de distância
1' tenor e soprano
há
7 tempos de distância
soprano e contralto
há
9 tempos de distância
contralto o 1~lo n or
há
8 tempos do dist ância.
Os matiz&s de timbro que resultam da preferência de entradas das vozes int ermediárias (contralto, tenor), contribuem para o enriquecimento do parâmetro timbre o para um clima de íúbilo desprendido e espontâneo. As imitaçOes ocorrem geralmente na quinta e quarta em relação à nota Inicial da proposta. Segue a este primeiro Alleluia o trecho .. tulerunt Oominum meum· que apresenta uma variante da proposta, predominantemente silábica, em terça paralelas (nota contra nota) nos compassos 21, 22 e 23, anue soprano e contralto. Esta segunda
ss
LIVROS de lateroue MUSI CAL edll•dos pela MUSIMED
TEORIA DA MÚSICA • l ' Ed lçlo • MI!D, Bohmil Nvma linauatem •implet o objetiva, aborda todos oa c:emu da Teoria inch•indo auuntot poueo ••u&it em livros deue tipo, taiJ como: modot litdr&icot • auu transposições; escalas e acordes alterado•: etcalat exóticu. etc. TEORIA DA MÓSI CA • 4' l!diçio re•ista e ampliada • MI!D, Bohumil O mais completo man•al d e Teoria da M6sic:a ex.istente em port•ault. SOLFEJO • 1' Bdlçlo • MI!D, Bobumil Doit m'todot de entino de soJfejo: solfejo tonaJ, atta v6s doa JtiUI d11 01CI1U O IOitOjO 110011, ltn.VÚ d OI intervalo.s. RITMO • 4' Edlçlo Amplla4a • MBD, Bohumil A vnslo defln.itiva do m'todo de ritmo adotado em in6mcraa escolas e instituiç6et do m1bica. Inclui tamWm exerclcios de qui,herat a uma c a duu voze1. CADERNO do BXERClCIOS para CLASSES de I NICIAÇÃO MUSICAL • ROCHA, Cumem Moda Meuig A autora apre.u nta urna a6rie de exercícios para fixaçllo do conto6doa dadoa nu aulu do iniciação musical. CADERNO de BXBRClCI OS paro classes de TEORIA MUSICAl . ROCHA, Carmem Maria. Mettig Bxorcfciot para terem ttabalhados em casa, fix11ndo dlvnu''' conto,doa dadoa do forma dinftmica e criativa naf aula• do mil• h" Complemento do "Caderno de Excreicios para chues d o In h ••\.•" Muticat•. VAMOS TOCAR FLAUTA DOCE • PROSSI!R. Bhoabooh ~ ..., ... ,,. Um avia para iniciaçlo ._ flauta doce ideal.l'atht ,,..,,. t partir do 10ia anoa do idade. Bspec:ialmeut<S Indu tulu 1•••• 11: mutiealizaçlo infantil em eacolat de cnaino ;callhll , '""'" ... , ,..... • tamb6m com adoleaeentct o at6 adulloa om aulas HHIIvllh••U ttw •ttt 1.rupo.
''*"" •• •
lli·A·IIÁ da TáCNICA VOCAL • OITICI('A, Voou!• V anda Oitieica, cantora bra1ileira qu ~ t ...,. • • • •••• t ••• ••• encantou o mundo, redno toda tua o• ru•r~Jtu I• • Ua••d • ,. • ..., pequeao Uvro.
CORAL, UM CANTO APAIXONANTE • MATHIAS, Nelson Manual pr,tico e moderno pata rea,e.rues de coral. CURSO de INTBRPRJ>TAÇÃO • CORTOT. Alfred Importante obra sobre a est6tica da intcrpretaçlo pianfstica.
CURSO de PIANO para JOVENS e ADULTOS • Aspectos T~
IMPROVI SAÇÃO •a MÚSIC A POPULAR • MARANESI . Elenice Manwal de exercícios. LITERATURA e M ÚSICA • PIVA, Luiz AnUiu. 16ria e compe.tenle das acividades literatura e m4aica .
que
envolvem
HEITOR VILLA·LOBOS • Sua Obra pora VIolão • PEREIRA, Marco
An,liae da obra violonlatica do compositor Heitor Villa-Lobos.
MÚSICA SACRA • CULLEN, Thomu c Lynch, S.J. Ouia paro\ um melhor entendimento e uma melhor apreciação de obrat ucras. RAGTIME e
01
CAMINHOS do JAZZ • VONO, Caio
Suraimonto do jau: arande metamor-fose do seu primeiro estilo;
o rag1im6 e aeua reftucimcntoa. Os cnilos N~w Orlean$, Dixieland, Chicago. Swing, Btbop, Cool Jau e Fue Jazz. Ilustrado. PRESENÇA da BAHIA aa MÚSIÇA I'OI'ULAR BRASILEI RA LISBOA. Jr. Luiz Am6rico " Uma pctquiu abranacnto que inclui as primeiras manifestações musicais na Bahia detdo o tempo da Colônia at6. o presente. Menciona mhicoa popularcJ, int6rprctcs, compositorei e respectivas
mch:icat com mu1ical.
letra~
anali•adu ano a ano numa verdadeira viagem
COLEÇÃO SACI PERERÉ • MACIEL, Emanuel Coelho M6todo de iniciaçlo ao violino com base no folclore bra.sileiro. ALÉM do CIR CULO de GlZ • BARCELLOS, Helena Uma rencxlo tobro oxpcri&nci.. ped.asóaicas adquiridas ao lonao de d6cadas. A autora discute as possibilidades e funç.ões do teatro na educaçlo formal o informal. Sugeltões~ reformulaçlo do papel da lincua&em dtamjtica na escola. ·
Precisão e articulação das idéias, controle ril!oroso dos detalhes e e<Juilíbrio de um constante jogo de suaves e delicadas tensões e afrouxamentos são as <1ualidades que cara cte ri:~:am o estilo polifônico de Palestrina e seus I'Orttemporâneos: Tomás Luís de\ ictoria e Orlando Lasso. O (·onhecimento de Contraponto emhasa uma sólida cultura musical sem o qual não seria possívt'l a análise a interpn:t.a~ão das oln·as mu s icai s renascenti s tas, ou até mesmo contemporâneas. Este livro é um manual bastante objetivo, com informações condensadas. 4]111' apresenta os fumlamtm tos do Contraponto de forma elil'iente e ral'ional. deixando de lado outras abordagens, considrradas supérfluas r prolixas.
ISBN 85-85886-03-X
11111U~ IIIIIIIII IIIIIIIIJ 19788585886039